Que me cercam caladas e ao mesmo tempo tão imponentes
O que me apavora é este silencio frio da madrugada
Tão denso quanto o tormento dos ruídos e gritos do dia
E nem sei se a noite me conforta mais ou me enlouquece
Pois ao menos sub o sol eu enxergo o que está à minha frente
E não tenho medo do incerto, das trevas errantes
Ainda mais temo o travesseiro que abraço como um amante
Que pôde por vezes me sufocar sem ninguém ver
Se a ele fosse dada a vida de que dispomos
A morte não é o maior temor de alguém solitário
É sim apenas um risco eminente ao qual todos estão sujeitos
O maior dos medos que circundam um solitário
É a permanência da própria solidão gelada
Desta anfitriã tão indesejada quanto odiada por nós
Deste fardo que é o excesso da falta de alguém
Deste desejo que nos faz chamar em silencio e sonhando
Qualquer anjo doce que esteja de passagem
E nos faz a ele desejar mais uma vez, dentre tantas:
- Apenas faça aquele garoto feliz...
Eu não sou tão importante...
Como sempre né João... seu texto ta otimo! Só que tem uma coisa que queria dizer... vc não ta sozinho cara, você tem amigos! ^^
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