quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Fatalidade (em poucas palavras)


Eu te amo muito.
Você não me ama nada...
Que tristeza, não?
Um crime sem nenhum culpado:
A minha aterna solidão...

sábado, 13 de agosto de 2011

Abstração


Meus males confusos
Que a noite me cercam
São amantes ousados
Loucos pelo meu suor
E por me fazer chorar
Pela ausência de seu fel

Meus amores estéreis
Rondam meus sonhos
E vagam na nevoa negra
De meus dias sombrios
Procurando lábios perdidos
Para que devorem a estes
E não aos meus

Meus sonhos cansados
De tanto repousar
Agora voam dispersos
Para o chão jamais tocar
E escapar como garças
Dos realistas céticos que
Ao verem sonhos voando
Vão querer os derrubar

Meus amigos-ilhas
(Tão inferiores à meus sonhos
E tão superiores ao que tenho)
Vem e vão como brisa
São tão vivos e sonhadores
Alguns são até sonhos
Sonhadores com sonhos iguais
Sonhando em camas diferentes
Minhas doces colunas de pedra
Que me impedem de desmoronar

“Lembranças são só fantasmas que puxam nosso pé a noite, na hora de dormir. Qualquer coisa que seja diferente disso não é só uma lembrança...”
(Alastus, o Mago Negro)