quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Valeu a Pena

     Se me perguntarem se valeu a pena, eu direi que sim. Todos estes dias corridos de noites mal dormidas e de travesseiros molhados de choro frio e solitário. Se eu pudesse voltar atrás, eu procuraria a marca de meus passos e caminharia sobre cada um deles. Aproveitaria as cartas que já estão digitadas, enviaria cada uma outra vez, reescreveria cada rabisco romântico... Acho que vale a pena sofrer por amor, sabem... Talvez seja o melhor de todos os sofrimentos. Sofrer por amor é dar sua alegria pelo preço de um sorriso. É a forma mais pura de caridade, onde nos fazemos escravos de um sentimento, nos fazendo dar nossas vidas pra alguém que na maioria absoluta das vezes mal se dá conta disso.
      Alem disso tive a sorte de passar por isso com alguém que poderia contar. Guardei meus sentimentos por que quis assim, mas sempre que precisei tive o seu carinho e disposição de me escutar. Me pergunto se algum dia você fará alguém tão feliz quanto me faz... Depois de tanto tempo tentando ser alguém nesta sua vida embaraçada, acho que me embaracei na minha própria vida, o que é engraçado, pois de alguma forma eu sabia disso, e gostava... E gosto... Talvez seja este meu lado que gosta de “sofrer por amor” que me fez ficar atrás de você tanto tempo, sabia. Se fosse outra pessoa por ai, aposto que já teria desistido e ido procurar outra estrela. Eu não, sou um obstinado, e nestes últimos dias meu objetivo era estar ao seu lado pra sempre...
      Bem, acho que falhei, mas podemos dizer que falhei com a classe de um artista. Mesmo depois de tudo te vejo sorrindo, te vejo feliz, e sinto uma romper meu peito como se fosse vitorioso. Sei que em algum lugar tem uma estrela me esperando, ela pode não ser você, mas será a minha estrela, aquela que eu estou apto e sou digno de receber. Agora, ando pelas ruas, olho as pessoas, vejo pessoas legais na faculdade e penso nelas como não pensava no tempo que devotei minha vida a você. Não que eu não te ache mais digno deste sentimento, porem acho que já passei da minha cota de lagrimas e mereço tentar ser feliz. Te doei muito tempo, e isso nem mudou lá em grandes coisas a sua vida, não é? Este tempo é seu! Não há quem te tome. E você não dará falta do tempo que não mais devoto à você, por que ainda vou dedicar uma fatia da minha vida para te fazer feliz! Porem agora vou guardando um pouco o tempo que eu estava usando. Parte vou usar pra mim... Preciso muito desta parte, mesmo antes estando a “gastando” com você. O resto vou por para doação até que algum interessado apareça. (Se existir algum ai, pode pegar o meu Facebook na página "Sobre Alastus", o link tá logo antes do texto, e a gente conversa.)
     Espero ter sido um admirador, um apaixonado, tão bom quanto você merece. Você pode ter sido o melhor de meus amores não realizados até o momento. (Pode se sentir orgulhoso, por que está à frente de muitos outros amores não realizados que já tive.) Estou agora entrando na velha estradinha de tijolos amarelos... Pegando carona num cometa pra ir ver se encontro um outro planetinha pra ficar quieto, rodando ao redor de uma nova estrela. Deseje-me sorte!

domingo, 13 de novembro de 2011

Valsa das Estrelas

     Quando vi que era o seu rosto que se aproximava, não podia mais olhar ao meu redor... Meu olhar a via se fixado na sua direção e todo controle que eu tinha de mim mesmo se extinguiu. Cada passo seu aumentava exponencialmente meus batimentos. Quando chegou perto demais para que eu pudesse fugir, achei que ia simplesmente desmaiar, mas acho que a rigidez de minhas pernas impediu meu corpo de tal feito. 
     Eu tinha que dizer algo inteligente, algo que não deixasse transparecer o que estava sentindo, mas não consegui... Eu estava só te olhando... A música que tocava já tinha sido completamente abafada pelo som emitido pelos pequenos globos brilhantes que flutuavam no seu olhar... Eu estava sendo afogado em meio à intensidade do seu sorriso... Este seu ser me tinha tirado de lá, e tinha posto você definitivamente em mim...
     Você disse algo que não pude ouvir, mas sei que sorri... Sei que você se aproximou e me deu um abraço... Neste momento chorei como uma criança que ganha um presente de natal... Chorei como um rio ao chegar ao mar... Chorei como chora o arco-íres... Chorei por ter você comigo, tão perto de mim... Chorei por esta simples alegria que me enchia como um tolo...
     Foi ai que ouvi um som distante, uma melodia harmoniosa à piano. Sua mão foi para minhas costas e você começou a dançar abraçado comigo. Eu, sem norte, o segui em o que me pareceu uma valsa tocada em pianíssimo, com uma melodia incrivelmente familiar, mas que não reconheci na hora... Você sorria, via felicidade em seu rosto... Haviam vultos ao nosso redor, todos rostos borrados, todos garotos sob uma meia luz roxa uma fumaça leve que inebriava mais ainda meus sentidos.
     Um dado momento você parou. Eu esbocei um próximo passo, mas você definitivamente não ia continuar... Olhei e te vi meio triste... Li em seus lábios o que me pareceu um pedido de desculpas. Uma lagrima em seus olhos... Eu também chorei, mas tirei suas lagrimas com a mão e você sorriu... Vi seus olhos nos meus mais uma vez... Vi o brilho do céu estrelado... Era agora uma galáxia que nos cercava... E as estrelas se aproximavam, todos aqueles guizos soando uma melodia doce... Seus olhos nos meus... Suas mãos nas minhas... Seus lábios a menos de um centímetro dos meus... Ouvi pela primeira vez o doce som que vinha de sua boca. Um sussurro quente que dizia: “Eu te amo.”

"Ao meu lado, na cama vazia, não via ninguém... Estava escoro no meu quarto... E a musica parou de tocar, mas as estrelas ao menos não se apagaram... Elas só não estão aqui..."

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Pedido

Dê-me palavras que nunca saíram da sua boca
Dê-me momentos dos quais eu possa me recordar
Dê-me motivos para que possamos ser felizes
Dê-me uma tarde no cinema com amigos
Dê-me um pôr-do-sol nublado, de mãos dadas
Dê-me estes olhares que tanto gosto de receber
Dê-me um sopro de leve no rosto pra tirar um cílio caído
Dê-me um jantar a meia luz numa noite de sexta-feira
Dê-me um beijo cândido antes de dormir
Dê-me horas de papo pro ar sentados num sofá
Dê-me consolo nas horas de desespero
Dê-me um motivo pra sair de casa na chuva
Dê-me uma pergunta que me deixe vermelho
Dê-me um bom motivo pra chorar e sorrir ao mesmo tempo
mas antes de tudo isso
dê-me um espaço na sua vida...

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Traição

     O que fere um homem traído não é sua honra, muito menos a traição dos costumes da carne. O que mais fere é a traição do que este homem toma como verdade, é o fato de que o mundo o apunhala, mostrando uma verdade que vai contra tudo que ele pensava. Quem nos trai não são as pessoas, mas sim a nossa ótica de mundo. Às vezes ainda é pior: nós vemos traídos por nossa própria credulidade ingênua de um dia ter um final feliz... Talvez eles existam, mas o fim de uma pessoa não é como o de um livro. No mundo real, final feliz significa uma boa morte...
     Não foi uma nem duas vezes que me peguei indagando-me quanto meus sentimentos de mundo. Confio neles como que constrói sobre roxas. Mas ainda assim, às vezes devo me questionar deles, para poder evoluir. E são tantos que eu nem posso mensurar como foi que os adquiri ao longo destes anos. Tento me lembrar de por que os tenho, isso serve pra ver se realmente o que estou pensando é correto, se foi baseado em uma experiência razoável. Quando me esqueço de um motivo, costumo mudar meu jeito de pensar e agir, e não foram poucas as vezes que isso me botou em apuros.
     Agora, se esse mundo que nos cerca acha graça de nos apunhalar por conta dos pensamentos que ele mesmo nos ensinou, acredito que os errados não sejamos nós e sim o mundo. Seria como um professor que te reprovasse por saber tudo: Eles existem, mas ninguém gosta deles. O mundo tem espalhado sobre nos um veneno pior que muitos: A descrença. Descrença no amor, no próximo, na verdade, na justiça! Perdemos a crença na própria esperança... Quantos foram que descrentes de si mesmos não partiram deste mundo?
      Meus amigos e leitores, escrevo este pequeno texto como uma suplica: Nunca desistam de si mesmos! O mundo é o mundo, e pouca coisa podemos fazer a este respeito. Mas nós somos o mais puro vinho de nossa individualidade, somos diamantes cravejados nas paredes de uma mina de carvão. Somos o ultimo reduto de nossa própria esperança. Se perdermos a fé em nós mesmos, amigos, não resta nada por que lutar...

domingo, 25 de setembro de 2011

Frases e fazes

"Eles são orbes reluzentes, profundos, quase filosóficos. Seus olhos são esferas preenchidas do mais puro elixir da felicidade. São propostas tentadoras que me forçam a me entregar..."
(Diego - 'esfera')

"Você achava que ia me machucar, mas não foi bem assim... Talvez me machucar seja a unica coisa que você não fez. Você me deu uma cicatriz que não vem de uma ferida, e sim de um beijo..."
(Washington - 'machucar')

"Minha vida tem sido minha maior ditadora. É como se o mundo se tornasse um pequeno paralelepípedo que me comprimisse contra mim mesmo, me forçando a escolher entre o que sou e o que querem que eu seja..."
(Ricardo - 'paralelepípedo')

"Falar 'Eu te amo' é o ultimato! É o ponto que separa um amante com coragem de um amante com amor próprio  Porem só os com coragem podem ser felizes um dia..."
(Vivian - 'coragem')

"É totalmente diferente! Eu nunca menti pra você, não tenho motivos pra isso. Agora o que você fez não foi só dizer uma mentira, foi destruir todo o castelo de sonhos que construímos juntos, e isso é imperdoável!"
(Vinicius - 'mentira')

"Eu levantava como sempre, tomava o mesmo café que tomo hoje, ia pra mesma vida que sempre levei. Mas naquela época eu tinha um motivo pra viver, algo que me dava total disposição de aguentar tudo isso que me cerca. Quando você se foi, tudo isso foi junto..."
(Luiz - 'disposição')

"Seu cheiro é uma das coisas que eu fui treinado a reconhecer. Sinto ele em tudo que usei perto de você... Se algum dia me ver chorar por conta daquele velho moletom, já sabe o porquê... É difícil não querer ter você por aqui..."
(Eduardo - 'moletom')

"Odeio com todas as minhas forças este sentimento idiota que me faz querer ter você aqui, que me faz ter esta necessidade estúpida, este vício incontrolado de você. Mas não pode o ódio, por maior que seja, derrubar nem o menor dos amores..."
(Rhaissa - 'ódio')

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

7º Selo - Magia

De repente o mundo sorriu pra mim
E senti no peito o desejo de gritar
Gritar coisas que poderia sussurrar
Mas são belas pra tão pouco
E nada mais me era comum
As estrelas brilhavam diferente
E meu cabelo perecia melhor que ontem
E meu sorriso nunca foi tão aberto
E meu peito nunca tão desritmado
E ele mudou muito também
Não era só mais um garoto
Era muito mais que isso
Era o cara mais legal de todos
Era o mais bonito e especial
E aquele também mudou
Não era mais um colega
Agora é quase um guru
Ele parece saber bem mais que sabia
Ele parece ser bem mais do que era
Ele parece ser muito mais que um amigo
Alguma forma transcendente disso
O que está acontecendo comigo
O meu mundo de repente “anti-desabou”?
Sinto como se estrelas caíssem sobre mim
Como se todos sorrissem pra mim
A felicidade virou condição rotineira
Nesta minha vida passageira que tanto amo
Será um sonho ou fruto de imaginação?
Será que bebi algo sem mesmo perceber?
Duvido um pouco de todas estas hipóteses
Existe uma magia maior nesta história
Algo que não sei como descrever
E que fez com que me visse melhor
Melhor que antes e que qualquer amanhã
Melhor que meus amigos desejam que eu seja
Melhor que tudo que um dia desejei ser
Hoje sou embriagado nesta magia louca
Que foi feita por todos ao meu redor
E que me acertou em cheio
No fundo do peito...


"Sete foram as vezes que sem pensar me debrucei num sonho e não levantei mais. 
Hoje tenho sete histórias diferentes pra contar: 
Em umas sorri, em outras chorei e nenhuma teve um final..."

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

6º Selo - Inveja

     A Inveja é uma garotinha mimada, que mora na ultima casa da Rua do Eu. Ela tem uma casinha igual a de todos os outros desta rua. O porquê de ter escolhido justo falar dela? Poderia ser por muitas coisas, mas neste caso é por que de todos nesta rua, talvez a Inveja seja a mais especial. Ela é única em sua habilidade impar de imitar os visinhos. 
     Ela já foi cupido uma vez, quando viu que o Amor avia dado uma festa e chamado a vizinhança. Ela logo comprou de todos os doces e coquetéis, salgados e um grande bolo. Quando passavam a procura do amor, achavam a festa da inveja e entravam. Mas a inveja na verdade não se importava com isso... Ela ainda não tinha conseguido o que queria: Ser o Amor.
     Outro dia ainda a Sra. Sabedoria, jogadora de buraco com anos de experiência, chamou a inveja pra jogar cartas. Foi-se uma mão, duas, três... A inveja perdia todas elas. Mas Sabedoria sabia muito bem: A Inveja e o Desanimo não se bicavam. A inveja até atravessava a rua pra não passar na mesma calçada que o Desanimo. A inveja nunca ia desistir. E mesmo que um dia ganhasse uma partida de buraco, ela não se importaria, pois não teria ainda conseguido o que quer: Ser a Sabedoria.
     Em outra ocasião ainda a Vaidade fez uma social. Os convidados eram os outros seis pecados, que adoravam os embalos de sexta a noite. A Inveja sempre ia toda arrumada, mas nunca era o suficiente. Ela olhava o decote da Luxuria, e queria usar uma roupa assim. E o olhar da Ira então? Adoraria ter uma presença tão pouco notável quanto a da Preguiça... E ser tão rica quanto a Avareza... 
     Entendem por que falar da Inveja? Por que identicamente a muitas pessoas, por mais que ela faça, nunca ficará satisfeita, por que ainda não conseguiu o que realmente quer e precisa: Ser ela mesma.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

5º Selo - Memórias

Memórias não são pra ser esquecidas
São para ser guardadas na alma
E contadas a quem nos convier
São pedaços de nós no tempo
São os fragmentos de nossa mente louca
Flutuando no mar da historia

Ah, memórias felizes são doces
São alegres de se degustar
De reviver em pensamentos
De dividir com o amigo do peito
Elas tornam lugares em palácios
Degraus em verdadeiros castelos
Conseguem fazer do simples
Algo único e inesquecível
Digno de tocar os lábios ao pensar

Memórias tristes por sua vez
Por mais amargas que sejam
Também são para serem lembradas
E contadas aos próximos aventureiros
São pedaços de lagrimas cristalizadas
Que nos ferem o peito a noite
Mas são fragmentos do aprendizado
Nos ensinam a valorizar o certo
E guardar pra si com mais afeto
Cada mínima memória feliz

“A natureza de um sonho é o despertar... Porem também é natural sonhar na noite seguinte.”

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

4º Selo - Presente

     Vamos falar de presentes? Meu aniversario tá chegando, mais só quatro dias. Meus amigos já começaram a fazer a mesma pergunta de sempre: “O que você quer ganhar de presente?” A resposta é a mais simples e direta possível: Nada! Na verdade, quero muito, muito mesmo. Quero coisas tão loucas que não tenho o senso do ridículo que nenhum de vocês poderia fazer. Então falo sempre que, se quiserem mesmo me dar um presente, para que sejam autênticos. Me dêem um abraço especial, uma carta fofa. Já sorri pra tantas meias, não vai ser pro seu presente que eu vou fazer cara feia.
     Não tenho muito o que escrever sobre o que quero no meu aniversario, mas já escrevi um belo poema sobre isso que está nos sete selos do ano passado. Vou postar aqui uma copia. No mais, é só isso, galerinha!!!

“Todo ano os mesmos sorrisos
Todos me abraçam e beijam
Alguns poucos me mandam presente
Muitos me mandam mensagens
E o sol se põem do outro lado do mundo
Nada mudou alem de um numero
Mas que ria que fosse diferente...

Me dê um presente este ano
Que fassa este aniversario especial?
Que tal uma pergunta brilhante?
 Quem sabe um almoço comigo?
Quem sabe um abraço diferente
Quem sabe já não passe da hora
De me dizer algo que está ai guardado
Aproveite este dia especial
Me dê a sua verdade de presente
Suas palavras de embrulho
Te poupo ate o trabalho do cartão

Ou que tal simplesmente me dar folga?
Se não gosta de mim, me de trégua
Se gosta de mim, me de carinho
Agora se simplesmente simpatizar...
Que tal uma mensagem???
Ela não faz mal a ninguém
Muito menos a mim”
('Feliz Aniversario!', 6º selo de 2010)

domingo, 18 de setembro de 2011

3º Selo - Técnicas

     Este texto vai ser fundamentado em uma pergunta inicial, simples. Talvez muitos de vocês já tenham se feito esta pergunta em diversos momentos da vida, ou quem sabe ainda farão. Pois bem, o autor da pergunta é Diego Silva, e ela é “Como superar uma desilusão?”. Como eu não consigo deixar uma pergunta sem uma resposta mais que adequada, acredito que a melhor maneira de responder esta pergunta é explorar um pouco aqui técnicas que eu mesmo já usei e que ouvi e li em diversos lugares.
     Começarei pela mais clássica: Depressão. Sim, a depressão é uma maneira muito honrosa de superar uma desilusão. Talvez uma das únicas maneiras onde não tentamos mascarar nossos sentimentos. A tática é bem simples: Chorar muito, abusar dos doces e Escrever textos extremamente tristes. Caso não adiante muita coisa, você ainda pode beber água pra repor a perdida com as lagrimas, se matar na academia pra pagar pelos doces que comeu e juntar os textos e ganhar algum dinheiro vendendo livros pra pessoas em depressão, pois não a nada mais desejado por alguém com depressão que saber que alguém também sofre como ele. Uma vez perdi um par de esmeraldas e passei uns quatro meses de depressão. Gente, eu sobrevivi! E digo mais: Emagrece, tá meninas!
     Outra tática mor que conheço muitos usuários é a “Substituição”. Pra quem assiste Naruto, é fácil de imaginar: Tem aquilo com o que você se iludiu, né? Então, se concentra naquilo. Agora tente visualizar algo que possa por no lugar, qualquer coisa! O ultimo passo é usar seus poderes e trocar os dois! Muitos de meus amigos fazem isso com vinho porto no lugar de mulheres, outros ainda trocam mulheres por mulheres. Ouvi casos de uns ainda que trocaram mulheres por homens, mas isso é outra história. O importante é que esta técnica falha as vezes. Um amigo meu já tentou a substituição e acabou falhando. É importante se livrar dos vínculos mais fortes antes de praticar a substituição, por que do contrario todo o esforço será em vão.
     Agora vou falar de uma técnica que uso muito bem e que não sei se funciona como deveria, mas pelo menos tem dado resultados positivos. Eu a batizei de “O Ofuscar”. O principio básico consiste em segurar as pontas até achar uma nova fonte de ilusões em potencial. Então você tem que pular de peito aberto mesmo, salto triplo mortal carpado sem rede (Talvez este seja o maior motivo de eu utilizar esta técnica: Nunca uso rede.). Agora, espere mais um pouco par ver no que dá. Os resultados possíveis são dois: Ou você vai achar algo concreto e vai esquecer a ilusão anterior, ou vai se deparar com uma nova ilusão, que por ser nova será mais intensa, ofuscando a desilusão anterior. Por incrível que pareça, esta técnica pode ser muito vantajosa, pois nos deixa sempre pronto pra outra. É como o calejamento em algumas artes marciais: Uma hora não vai doer mais. Sim, isso é muito triste, mas viver em si já é triste! A dor é só uma condição momentânea que nos motiva ou a desistir ou a tentar de novo.
     Ainda quero falar de uma técnica que muitos profissionais não reconhecem: “Não Largue o Osso” (NLO). Fui apresentado recentemente a grandes usuários desta modalidade que insistem em me fazer virar um adepto. Reconheço que os argumentos são os melhores: Estabilidade, menos noites perdidas chorando, menos pessoas envolvidas... Muitas destas pessoas conseguiram sucessos memoráveis com o NLO. Mas me questiono a veracidade desta técnica, à sua moralidade, à sua valorização da individualidade e do livre arbítrio. Dizem que a maior de todas as humilhações é suplicar por um amor, e é justamente isso que NLO significa pra mim. Alem disso, caso esta técnica falhe, pode se preparar pra pular pra modalidade Depressão por tempo mais que indeterminado. Não sei se quero isso pra mim não... 
     E como podem notar, superar factualmente uma desilusão é algo que nenhuma destas técnicas consegue. Desilusões não foram feitas para serem superadas, meus amigos, e sim para serem vividas, e vividas intensamente. Elas nos ensinam a amar mais e mais as pessoas, além de prepararem o caminho pra uma felicidade inigualável que temos uma chance de ter um dia. Vivi desilusões, vivo desilusões, tenho elas como irmãs e amigas de convívio diário. Nunca seja inimigo da sua desilusão, ou ela vai te derrubar. O melhor é amar a desilusão e tomá-la como um presente, uma chance de voltar a se iludir outra vez... E como é doce o sabor de uma bela ilusão...

sábado, 17 de setembro de 2011

2º Selo - Drogas

     Este texto que escrevo hoje é uma pequena critica. Neste texto venho falar mal de drogas. Mas vale fazer uma ressalva: Talvez você não goste do que vai ler.
     Em primeiro o motivador deste texto: Maconha. Não tenho o que criticar desta droga. Tenho diversos companheiros de faculdade, estudantes brilhantes e homens sérios, que a usam sem sequer um mal. Eu não gosto, não uso se quer de maneira passiva. Não sou a favor de nenhuma droga. Neste parágrafo que devoto a este tópico, quero apenas expor minha revolta com os que tornam isso um problema bem maior do que é: Esta sociedade que sistema de punir as vítimas. Alem disso tem ainda os que se aproveitam deste sistema pra poder lucrar e construir fortuna no trafico e corrupção. Ambos imundos, ambos vitimas de si mesmos...
     Agora queria falar da droga da lucidez. Esta é a segunda pior de todas as drogas. Ela faz a gente acreditar que é “limpo” e que os outros são viciados. Os lúcidos pensam que suas alucinações de lucidez são a verdade absoluta. Mal sabem que o mundo não é um fato concreto, e sim uma abstração distorcida pela nossa mente. O mundo é um preá cada pessoa, individual, exclusivo. Os males que ela causa, alguns irremediáveis, enchem folhas: desde o ódio e o rancor, até a intolerância, passando pelo ciúme, pelo rancor, pela inveja, a cobiça... Visto dos olhos de um lunático, o mundo de um lúcido é cinza, estranho, quadrado... Uma gaiola, fria e triste.
     A ultima droga que quero criticar é mais velha que todos nós: A paixão. E este, meus caros leitores, é o depoimento de um viciado. Em todos estes anos de vicio me vi rendido a tudo que é male possível: insônia, depressão, possessividade, fúria, mágoa... Coisas que machucam pra valer. Sofri mais que doentes de câncer de pulmão, do que vitimas de derrame. Me magoei mais do que qualquer um possa afogar no fundo de um  copo de cachaça ou em uma seringa. Porem duvido que entre você haja um que nunca sofreu destes males. Pois todos somos viciados, não? Daríamos tudo pela próxima dose, nossas vidas talvez. Mataríamos por paixão se não pensássemos. A paixão nos corrompe a alma e o resto simplesmente segue por inércia. Vicia mais rápido do que qualquer uma, e talvez seja a única que para viciar basta um olhar...
     Neste mundo doentio e podre, talvez drogas ajam muitos, e entre elas estamos nós, vitimas, cobaias, viciados, traficantes... Cada um com seu papel desorganizado e nada funcional. As drogas, licitas, ilícitas ou inclassificáveis,  são só mais um destes tópicos com que não devemos nos importar.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

1º Selo - Voyage

Gritaria no carro é só o começo da festa
E quando vemos o branco que brota do azul
A água fria das manhãs de verão nos chama
Estamos de férias, ou melhor, FÉRIAS!!!
Os livros ficaram em casa, trancados
E a preocupação está apenas em chegar sedo
Pra aproveitar mais o sol e o mar
A comida é a que fazemos na hora
A casa arranjada de mais um amigo
Talvez até um apartamento pequeno
Mas cheio de amigos e risos

Aos que roncam damos travesseiradas
E o quarto cheio de colchões parece grande
Sempre tem o que chega bêbado
E ainda o que só chega amanhã
Tem o que leva uma menina pro outro quarto
Outro dia outro leva um garoto
Na verdade tudo é impagável
E cada um é um pouco mais si mesmo
Do que era na rotineira vida diária

Viajar com amigos é especialmente divertido
É único como cada por do sol no mar
É verdadeiro e intenso como a fogueira na areia
É lindo como a brisa que sopra do mar
E poético como as musicas tocadas a beira do fogo
Com um violão leve e um coro suave
De pessoas felizes e congeladas no tempo
Como se o amanhã estivesse tão distante
Que não valesse a pena se preocupar com ele
E realmente não vale...

sábado, 10 de setembro de 2011

O Único que Pode...

Você me olha com pena, como à um pedinte,
Está escrito nos seus olhos esta verdade triste
Mas eu te vejo como um anjo que caiu na minha vida
Te vejo como a luz dos meus dias cinzas
E como você se vê na minha vida?
Um amigo que apóia e alenta, que aconselha?
Já te ocorreu que pode ser bem mais que isso?
Preciso de você de verdade, não das palavras secas
Preciso de que alguém enxugue as lagrimas do meu rosto
Preciso que alguém me faça rir às vezes
Preciso de alguém pra me dizer pra seguir em frente
Preciso de alguém que me abrace sempre
Queria poder dizer que te amo sem medo
Queria te amar mais que a mim mesmo
Queria estar ao teu lado pra sempre
Queria que você notasse que é o único
Que pode mudar a minha vida...
Ame-me antes que eu não chore mais...

"A pior de todas as humilhações, a mais vil e lamentável, 
é suplicar por um amor."
(Meu bom senso.)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Palavras Que Queria Dizer


Queria te dizer algumas palavras
Que não me cabe por nestes versos
Pois tão fortes são que se quer
Com simples letras poderia as mostrar
Porem ainda me restam outras coisas
Que posso aqui te dizer plenamente

Quando acordo todos os dias
O sol não entra pela minha janela
Nem a musica de uma harpa toca
Mas acordo como se fosse assim
E o porquê é o mais obvio
Tenho uma razão para viver meus dias
E esta razão é você...

Quando vou pra faculdade
Escuto musica em todo caminho
E olho pro céu da manhã
Agora sim com o sol nos olhos
E ponho minhas musicas mais especiais
E as canto baixinho, suspirando
Como se cantasse no seu ouvido
Aqueles versos em francês...

Quando sento para uma aula
Puxo o caderno e destaco uma folha
E enquanto anoto teoremas
Tento esboçar desenhos e frases
E olhos dos mais variados
Mas sempre sobra espaço
Para escrever seu nome...

Quando sento pra almoçar
As vezes sem pensar muito
Coloco uma mão para o lado
Quando noto isso fico bobo
E as vezes tenho até que rir
“Como pude ser tão ingênuo
De esperar por ele aqui...”

Meus amigos me abraçam
Quando me vêem chorando num canto
E vêem o quanto valorizo isso tudo
Eles acham que eu deveria desistir
(Na verdade nem todos eles)
Entendo o que eles querem dizer
Queria mesmo que pudessem fazer algo
Alem de me abraçar ou consolar
Quando me vêem chorando por você...

Quando o céu pela noite abre
E magnífico revela seus diamantes
Paro e olho pra eles como anjos
E sinto um deles aqui em mim
Dentro do meu peito pulsante
Uma estrela que caiu em mim
E que sussurra seu nome toda noite
Me impedindo de dormir...

E quando lutando contra esta voz
Pelejo por necessidade de adormecer
Encontro consolo em simplesmente
Pensar em você como um anjo
Prestes a cair no sono sereno
E te beijando na testa digo
“Bonne nuit, mon ange...”

Queria te dizer algumas palavras
Que não me cabe por nestes versos
Pois tão fortes são que se quer
Com simples letras poderia as mostrar
Porem ainda pude escrever estas
O que me alivia em parte o fardo
Mais ainda a uma em especial
Que me sufoca sempre que te vejo
Que queria poder te dizer...

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Fatalidade (em poucas palavras)


Eu te amo muito.
Você não me ama nada...
Que tristeza, não?
Um crime sem nenhum culpado:
A minha aterna solidão...

sábado, 13 de agosto de 2011

Abstração


Meus males confusos
Que a noite me cercam
São amantes ousados
Loucos pelo meu suor
E por me fazer chorar
Pela ausência de seu fel

Meus amores estéreis
Rondam meus sonhos
E vagam na nevoa negra
De meus dias sombrios
Procurando lábios perdidos
Para que devorem a estes
E não aos meus

Meus sonhos cansados
De tanto repousar
Agora voam dispersos
Para o chão jamais tocar
E escapar como garças
Dos realistas céticos que
Ao verem sonhos voando
Vão querer os derrubar

Meus amigos-ilhas
(Tão inferiores à meus sonhos
E tão superiores ao que tenho)
Vem e vão como brisa
São tão vivos e sonhadores
Alguns são até sonhos
Sonhadores com sonhos iguais
Sonhando em camas diferentes
Minhas doces colunas de pedra
Que me impedem de desmoronar

“Lembranças são só fantasmas que puxam nosso pé a noite, na hora de dormir. Qualquer coisa que seja diferente disso não é só uma lembrança...”
(Alastus, o Mago Negro)

sábado, 23 de julho de 2011

Dos Males da Noite Fria

O que me aterroriza são as paredes do meu quarto
Que me cercam caladas e ao mesmo tempo tão imponentes
O que me apavora é este silencio frio da madrugada
Tão denso quanto o tormento dos ruídos e gritos do dia
E nem sei se a noite me conforta mais ou me enlouquece
Pois ao menos sub o sol eu enxergo o que está à minha frente
E não tenho medo do incerto, das trevas errantes
Ainda mais temo o travesseiro que abraço como um amante
Que pôde por vezes me sufocar sem ninguém ver
Se a ele fosse dada a vida de que dispomos

A morte não é o maior temor de alguém solitário
É sim apenas um risco eminente ao qual todos estão sujeitos
O maior dos medos que circundam um solitário
É a permanência da própria solidão gelada
Desta anfitriã tão indesejada quanto odiada por nós
Deste fardo que é o excesso da falta de alguém
Deste desejo que nos faz chamar em silencio e sonhando
Qualquer anjo doce que esteja de passagem
E nos faz a ele desejar mais uma vez, dentre tantas:
- Apenas faça aquele garoto feliz...
Eu não sou tão importante...

domingo, 3 de julho de 2011

Improviso: Amoras

    Acho que talvez comer pão, ou um arroz com feijão não ajudasse muito na minha criatividade, muito menos a folha ao meu lado coma matéria de exponencial pra estudar. Estou aqui batendo a lapiseira na prancheta há horas e pela quinta vez minha mãe patê na porta do meu quarto me mandando dormir.
    Eu deveria ir comer algo que fosse mais “poético”... Sorvete sempre é bom, mas está muito frio... Chocolate quente? Não, ia ter que ir na cozinha, e não to muito afim de levantar. Nossa, o que não daria pra estar numa cafeteria agora! Um café com cobertura de chantilly seria ótimo, mas se nem chocolate estou animando a preparar, quem dirá algo tão complicado.
     A cafeteria mais próxima fica a nove quadras. O entregador até que é simpático, poderia pedir um expressos... Mesmo estando tão frio entregas não feitas de bicicleta, o que acho um absurdo. Mesmo sendo um negocio pequeno, podiam ter um pouco de zelo pelos funcionários e comprar um carro. Pedir um expresso, por mais que seja tentador, implicaria em deixar o entregador andar de bicicleta nove quadras, com cada osso do seu esqueleto se debatendo de frio... Não, é falta de compaixão demais. Melhor pegar logo a caneta e escrever algo!
      A falta de criatividade está me matando! Queria escrever um conto romântico, como já fiz tantas vezes, mas parece que o a falta de um amor acabou abatendo meu senso de romantismo. Queria ter a mesma coragem que já tive tantas vezes de escrever umas verdades e esfregar na cara das pessoas, mas não estaria escrevendo com sinceridade... Não tenho verdade nenhuma a gritar. Minha vida corre na maior serenidade, felizmente... E talvez isso seja um problema, pois escritores escrevem melhor tristes, ou nervosos, ou apaixonados...
     Depois de muitas frases apagadas, o meu cansaço já era evidente. Mesmo com todo aquele esforço continuo e incessante nada sai da minha cabeça... Parar de escrever agora não era se quer coletável, eu tinha que produzir algo. Caso contrario nem mensuro as conseqüências...  Lembrei que tinha algo pra comer! Amoras!!! Tinham algumas na geladeira, que usei pra preparar uma torta. Não são nada comparado a um expresso quente, mas algo doce deve ajudar...
      Amoras são realmente especiais... Tem um cheiro e um gosto especial, talvez pela semelhança da palavra amoras com amor... Mas ao mesmo tempo elas me parecem algo relacionado à tristeza, sabe... Não! Não algo assim como esta tristeza mais comum, que vem da solidão ou da perda. Digo à ser nostálgica, ser doce... Me lembra da minha infância até... MENTIRA?! Nem percebi e estava aqui poetizando em uma amora. Agora é só retomar tudo e começar a escrever.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Frias Manhãs de Inverno

O que eu faço todas as manhãs frias de inverno
É tentar me fazer esquecer que sonhei com você
É tentar andar sozinho na nevoa sem procurar sua mão
É tentar não olhar ao meu redor pra te encontrar
Torcendo pra que esteja atrás da nevoa fria
Escondido me preparando uma surpresa...
Mas não está...

As mesmas lagrimas que agora eu choro
E me impedem de escrever alguns versos
Congelam em minha face nas manhãs solitárias
Pequenos cristais de meus sonhos mortos
São minhas ilusões liquefeitas e salgadas
E na superfície de cada gota congelada
Os atentos podem ver os seu olhos...
Mais ninguém vê...
Ninguém se atenta...
Estou sozinho...

No quarto escuro é como se o tempo parasse
As paredes frias me olham e dizem do fracasso
Fracasso que nem este nome pode ter, se quer
Pode apenas dizer que foi mais um “não”
E eles se empilham como caveiras de mortos
Como minhas esperanças degoladas

Neste momento, meu coração está congelando
E suas pulsações fracas e lentas me mantém “vivo”
Respirando pouco pra não me cansar mais
E tentando sobreviver com outro sonho morto...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Presentes e Namorados

Este domingo vai ser um dia especial: Milhares de casais vão trocar presentes, abraços, beijos e coisas semelhantes. O dia dos namorados transformou a cidade, e com ela o meu estado de espírito. No Brasil, a hipótese é que o feriado surgiu primeiro no interior, e que comerciantes expandiram a idéia na intenção de fazer com que o comercio se aquecesse nesta época. De fato eles tiveram, e ainda têm, sucesso nesta idéia: Milhares de amantes de todas as idades correm pras lojas a fim de comprar presentes dos mais diversos. Com isso, apesar do comercio lucrar, as ruas ficam cheias, as lojas abarrotadas, as filas difíceis de suportar e os bancos “inentraveis”. Não quero com isso dizer que sou contra esta data, muito pelo contrario. Mas achei que fosse uma boa maneira de começar este texto.
O fato que me incomoda em toda esta conversa é o fato de que sinto um leve fundo de hipocrisia nisto tudo. Conheço casais que se dão presentes todos os dias, que sempre sorriem, que sempre dão as mãos pra caminhar... Outro apenas fazem isso em datas especiais como aniversários ou neste domingo. Isso me irrita muito. Não sei se meu mundo e minhas leis malucas são tão estranhas assim, mas quando falamos que uma pessoa é o nosso namorado, no fundo queremos dizer que queremos esta pessoa sempre, junto, sorrindo e abraçando. E não só ao abrir um presente comprado no dia dos namorados.
Outra coisa que estranho neste feriado é com o que se presenteia que amamos. Antigamente, em Roma, as pessoas festejavam este feriado matando animais criados com muito cuidado, e os oferecendo à deusa da fertilidade e ao deus Pan (um análogo, mas masculino). Enquanto isso nos pagamos por presentes prontos? Não temos mais que criar animais pra sacrifício, mas poderíamos ao menos nos sacrificar escrevendo uma carta a mão. Cozinhar pra quem se ama também é uma ótima pedida. Os indianos dizem que magia sai de nossas mãos quando cozinhamos. A mesma magia sai ao se confeccionar um presente simples de dia dos namorados. Dê um desenho, um texto, um quadro, cozinhe algo, toque uma musica. Rosas e chocolates tem seu valor apenas da primeira vez, depois de algumas repetições eles se tornarão pouco pra alguém que você realmente ama.
Enquanto isso, eu mais 62,2 milhões de solteiros (Censo 2010) tentam digerir o fato de que vão passar este dia sozinhos. Uns vão pro campo, outros para bares tentando achar alguém pra uma “ficadinha”, que não cura, mas anestesia temporariamente a sensação de não ter realmente um namorado com quem passar este dia. De fato nos, os solteiros, somos uma fatia expressiva da população: Temos apartamentos, dirigimos carros e fazemos comercio. Porem ainda nos falta esta coisa que é a ávida a dois.
Em meu ultimo parágrafo, deixo meus votos de feliz dia dos namorados pra quem preparou uma surpresa amorosa, divertida única e apaixonante pra pessoa que ama. Já pra nos, solteiros, fica minha dica: Ainda temos dois dias pra adotar outro solteiro em nossas vidas e tentar ser feliz. Não perca esta chance! Errar não faz mau, de um modo geral erramos muito em nossas escolhas. O importante é sempre que falarmos “Eu te amo”, recebermos outro de volta ou saber lidar com o “Eu não”. Bem, de uma maneira ou de outra, um feliz dia dos namorados, amigos!!!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Quando o Poço Seca

       Existe um velho ditado que diz: “We never know the worth of water till the well is dry.” Mesmo já sabendo disso, ainda me surpreendo com a aplicabilidade deste ditado. Não seja a primeira vez que falo com vocês sobre meus romances quase sempre fadados ao fracasso, porem hoje eu resolvi dar um toque diferente aos textos de sempre.
         Eu tenho uma mania péssima de sempre gostar demais de uma pessoa. Algumas pessoas podem achar isso bom, mas imagine por um segundo se cada vez que você achasse alguém legal, você se apaixonasse por aquela pessoa e então se vivesse e respirasse ela. Lógico que estou maximizando a escala, mas isso é pra vocês começarem a perceber como as coisas funcionam comigo. Não consigo gostar pouco... Alias... Consigo sim, nos primeiros dias, mas com o tempo a coisa vai tomando proporções que eu não aprendia ainda como conter.
        Mas hoje me peguei refletindo a cerca disso e cheguei a uma conclusão: Muitas vezes, quando tudo acaba, não me doe na hora. Já sofri muito por levar um não, e com o tempo eles foram se tornando indolores. Tipo quando uma pessoa é imune a veneno de cobras de tanto ser picada, sabem? Mas no dias seguinte, e depois, gradativamente vou descobrir no que perdi muito mais do que a chance de estar ao lado de alguém de quem eu gosto de verdade. Eu perdi uma esperança.
         Pra alguém que leva uma vida como a minha, cheia de afazeres e dificuldades, ter esperança de algo e fundamental. É análogo a um sonho. Eu não sonho com o Nobel ou com um doutorado, por que sei que eles são coisas palpáveis que se eu me matar de tanto estudar eu vou conseguir. Agora, quando a coisas é como o amor, não da pra estudar até a morte e assim achar a pessoa perfeita que te ama tanto quanto você a ama. Você tem esperança, e pronto.
         Mas parem pra ver. Puxem na memória e logo veram: O mundo de uma pessoa com esperança é muito diferente. Ele é muito mais simples, os problemas tem menos relevância, a comida é mais saborosa e a sobremesa mais doce. Pra alguém que tem no coração a esperança de acordar do lado de quem ama um dia, correr na chuva é divertido! Não é chateante, como pra maioria das pessoas. Pra estas pessoas esperançosas, a grama é a melhor cama, o sol  melhor cobertor e um abraço é muito, mas muito mesmo, mais precioso que uma noite inteira de sonhos felizes. O amor em si é mais que um sonho, é mais que a esperança, é mais que tudo que eu poça ousar escrever, mesmo que citasse outros muito mais experientes. A esperança dá a ativado uma noção do que é o amor de verdade, aquele que só existe se cantado em dueto, e um dueto bem afinado...
        A esperança, talvez por sorte, talvez por azar, não desaparece de uma hora pra outra. Ela vai se diluindo e retornando  mundo do seu portador a velho cotidiano cinza... Não sei ao certo o por que as coisas são assim, mas poderia culpar inúmeros fatores que no fim não teriam nenhuma conexão. Desde que a caixa de Pandora foi fechada pela ultima vez, nada temos a fazer se não ter alguma esperança a qual se agarrar, e a minha atual é a de um dia voltar a ter esperança de poder dar felicidade a alguém...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Desenhistas Sem Musa

     Hoje, durante uma breve pesquisa, me dei conta de algo bem interessante: Temos nove musas ma mitologia grega, senhoras de todos os tipos de artes, segundo especialistas no assunto. Mas a lista é bem restrita, não? Apenas nove? Então notei que muitos tipos de arte não eram representadas por elas. Neste texto em particular queria falar de uma arte que não tem uma musa: A arte de desenhar.
     Para mim, sempre foi um desafio desenhar. Tenho alguns rascunhos que podem ser (de longe, no escuro, vistos por alguém dentro de uma moto a duzentos quilômetros por hora) classificados como razoáveis. Alem disso desenho um parabolóide hiperbólico invejável. Porem não estou falando de desenho técnico ou de funções estranhas em provas de calculo, estou falando de seres, coisas materiais, corpos... Mais que isso até...
     Sempre preferi pensar em um desenhista como alguém com um dom muito particular: Tornar sua imaginação visível aos outros. Podemos simplificar todo processo de criação de um desenho em imaginação e aplicação desta técnica mística que envolve tinta, canetas, lápis, papel, PC, etc... E dentro de minutos podemos começar a ver as primeiras linhas de imagens antes puramente imaginarias! É muito alem do que um pobre escritor pode um dia querer fazer: Uma descrição tão plena de detalhes quanto se queira e exatamente idêntica ao conceito mental do criador. 
     Como é muita injustiça não termos uma musa para os desenhistas, então me propus a criar uma eu mesmo!!! Porem uma musa é pouco, não dá pra ser uma musinha só não, tem que ser quase uma Super Garota, ou algo do gênero. Com poderes de telepatia e de controle da tinta. Ia ser bem legal... Suas nove irmãs mais velhas a expulsam de casa ainda nova, por que ela era mais poderosa que todas, e temiam que se rebelasse. Anos depois o seu talento se se destacou entre os dos mortais, e os deuses a trouxeram de volta ao Olimpo. Porem antes disso, ela deixou um legado: Havia mostrado ao mundo que o pensamento tinha sim forma. Como poderá se chamar... Não sei... AHHHH!!! Sképsia! Não entenderam, né? Em grego, significa “pensamento” (se escreve “σκέψη”).
     Quando os gregos faziam suas “artes”, pensavam nas musas como fonte de inspiração. Se isso ajudar, lhes dei um presente, alguém em quem pensar: Sképsia. A roupa eu não sei. As irmãs tinham símbolos como livros ou liras, esta pode ter um pincel ou uma grande moldura... Na verdade, eu já tenho uma musa: Calíope, a musa da eloqüência. Ela já tem forma e símbolos, como descrito por nos mesmos, os eloqüentes. Agora deixo minha filha com vocês. Creio que Sképsia estará em boas mãos! Quem sabe um dia ainda não a vejo em um museu, ao lado das nove irmãs?

terça-feira, 3 de maio de 2011

Preso

Gostar de você me prende ao vazio
É como me amarrar a coisa alguma
Por elos que ninguém pode enxergar
Ou então me ater a um livro de historias
O qual nem sei se terá um fim
Eu me mutilo por horas pensando em ti
Revejo sonhos e cartas escritas em segredo
Tendo escrever poemas que nunca são bons
E ainda paro pra te olhar do nada
Apenas me ver em seus olhos profundos
Sem nenhum motivo aparente
Por gostar de você, tenho feito coisas
Que talvez não fizesse em juízo
Dito não a quem deveria dizer sim
Perdido a hora de chegar em casa
Tentado evitar os outros caras
E as vezes até fugir de alguns
Silencio é o que me resta por hora
E com ele a esperança nua
Tão pura que nem posso ignorar
Mesmo sendo tão pequena e fraca
Ela existe e chama minha atenção
A eminência da felicidade me seduz
E é impossível desatar a esperança
Os elos verdes que me prendem à você

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Som do Silencio

O som do silencio... Você pode ouvir?
Sente o poder que ele tem sobre você?
Feche os olhos pó um estante e ouça...
Não ousa nada só por um momento
Ouça apenas o barulho do nada
Ele alimenta o vazio de quem é oco
Ele alimenta a chama das esperanças
Enquanto estas chamas devoram-nos...
Ele faz crescer o choro e o pranto
E faz com que ninguém esteja por perto
Pra ver, ouvir ou tentar ajudar
Este som nos abraça e envolve
Por dentro e por fora, como todo
Ele faz tudo que quer e nos não queremos
Ele vai nos fazer enlouquecer
Enquanto esperamos por uma brisa
Um sopro no som do silencio
O som da voz de quem se ama...
Para mim, o som da sua voz...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Gato Preto

     Hoje logo apos o almoço, visitei um vlog de um grande desenhista: Ismael Alvez, um gênio sem sombra de duvidas. Ele tinha acabado de postar um vídeo fazendo a pergunta: “¿Qué soy para ti?”. Além de assistir ao vídeo, que ficou lindo, eu me pus a pensar nesta questão. O que sou para os outros? O que cada uma das pessoas que eu conheço são pra mim? Será que eu dou o devido valor a elas? Achei que então deveria aproveitar o espírito reflexivo e começar a escrever a postagem que tinha planejado pra hoje: Uma pequena homenagem a um garoto mais que fofo e lindo que hoje completa alguns aninhos (o numero eu não sei ao certo).
     Então... Eu geralmente o chamava pessoalmente de fofo, mas entre meus amigos e pra mim mesmo era “mon petit chat noir”, ou pra quem não saca de francês, meu gatinho preto. Ele entrou na minha vida de uma forma bem inusitada, sabem. Eu o conheci na net e um belo dia eu o vi na vida real, e logo marcamos de sair. Uma vez saindo a gente descobriu os quinze mil elos que existiam. Amigos em comum, conhecidos, objetivos e nossa incrível modéstia (=P).
     Ele representou uma das melhores fazes da minha vida. Onde pela primeira vez me senti realmente importante pra alguém. Ele me fez crer que existem sim pessoas capaz de verem minhas qualidades antes de alguns defeitos. Talvez no fundo nada disso seja verdade, mas eu me sentia querido, sublime e todo dia tinha um motivo pra acordar feliz.
     Eu acho que com ele também bati meu recorde de chatice e parasitismo, característica genética na minha família. Eu chegava ao incrível numero de 5 a 6 mensagens de texto diárias, falando as coisas mais idiotas e sem fundamento só por que não me contentava em vê-lo apenas uma vez por semana. E quando então marcávamos e ele não ia? Ou ainda, quando ficávamos mais de uma semana sem se ver! Eu chorava feito criança.
     Tudo bem que conhecer este garoto me fez chorar muito, me machucou muito, me fez passar por muitas coisas horríveis. O que realmente importa é que junto dele consegui as maiores alegrias da minha vida. Hoje estamos a uns 3 meses sem nos falar direito, sem sair ou se dar um abraço descente, porem se tratando da data especial que estamos, me senti na obrigação de lhe retribuir toda a alegria que um dia me deu em forma desta pequena homenagem.
      Meu gato preto, você escolheu ir, então que vá feliz. Te larguei no chão e deixei caminhar, quando na verdade meu desejo era de correr atrás de você e te ter novamente em meu braços. Peço a você que agarre cada pequena felicidade que você encontrar e a viva, e a some a outras tantas, sendo assim feliz, mesmo que não da forma que eu sonhava. Que você não tenha toda a felicidade que merece, por que qualquer um morreria se tivesse tanta felicidade. Que você ganhe toda a felicidade e alegria que seu coração poder suportar. Tenha um ótimo ano e não esqueça que me deve um sorvete, ok?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Príncipe de Cristal

Vamos dançar, pequeno príncipe de cristal
Essa valsa muda em três por quatro
Meus olhos eu vejo nos seus cansados
E a coroa embasada brilha sublime
Seu seus passos já decorados
Tão suaves e sublimes, posso acompanhar
Ficaria eternamente vendo meu rosto no seu
Refletido em seus lábios de cristal
Mãos frias mas leves e exatas
E o olho sem pupila e distante
Talvez precise de você pra ser eu
Mas dançando com você eu sonho
E pra mim seria mais que perfeito
Valsar pra sempre com você
Principezinho de vidro
Impedindo que se quebre
Na mão de outro bailarino...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Saudades? Eu Sinto...

     Saudades? Eu sinto, e muita. Sinto saudades das manhãs de domingo em que eu levantava antes de você e tinha o prazer de te ver dormindo... Nossa, como era lindo... E então eu sorria e tinha certeza que era feliz. Te cobria, por que você sempre mexia muito na cama e acordava descoberto e arrepiado de frio, e depois ia pra cozinha. O café era um desafio. Foi difícil mudar meu café fraco e doce pra um que te agradasse, mas eu me esforcei. Na verdade, acho que encontrei foi um meio termo, em que tanto eu quanto você ficássemos felizes. Lembro que sempre ficava na duvida do que fazer com o pão: Torradas? Um misto quente poderia ser melhor... Ou então ainda algo como geléia ou queijo simplesmente... Eram coisas tão irrelevantes, mas sabia que teria o prazer de ver seu sorriso quando visse quem havia tido o trabalho de escolher tudo com carinho.
     Mesa posta, eu ia ao banheiro, lavava o rosto, escovava os dentes e ia te acordar. Talvez de todos os sacrifícios o mais difícil, pois te ver ali dormindo era de longe a coisa mais bela de meu cotidiano... Um beijo na testa, e no ouvido um sussurro dizendo “Bon dimanche, mon amour.” E então eu ouvia sua voz em um breve bocejo. Sabia que já tinha feito a minha parte, ia para mesa e não demorava você estava lá... Perguntas triviais: “Dormiu bem?” “Espero que goste.” “Vai onde hoje?” Eram perguntas tão doces de se fazer... Soavam como uma musica de um coro muito bem ensaiado... Tenho muita saudade...
     Saudades... Faz noites que não tenho estes sonho triviais de alguém apaixonado... Faz noites que não tenho sua imagem em mente antes de dormir. Há dias não vejo se quer seu rosto... Talvez reste apenas um nome em minhas orações...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Natureza dos Sonhos

     Quando eu era criança, me ensinaram a perseguir meus sonhos. Eles, como todos sabem são coisas que desejamos mais que quase tudo no mundo. Talvez a coisa mais legal deles é que todo mundo tem um, pois sonhos são as forças que nos fazem continuar andando pra frente. São como o sol, que é o grande guia dos eremitas no deserto.
     Porem sonhos são sonhos por uma única razão: Por que são difíceis de se concretizar. (Quando não hipoteticamente impossíveis.) Outro fato é que os sonhos nem sempre são materiais. Seu sonho pode ter pouco menos de um meto e oitenta, ter um nome composto e andar por ai longe de você, intangível, inalcançável... Um sonho...
    Estive concretizando um sonho a pouco tempo, um sonho que muitos tinham me dito que a mim seria impossível. Estive tão alto quanto nunca pensei que estaria no mundo imaterial dos meus desejos. Pude tanger os sonhos com uma propriedade incrível... Instantes antes de eles virarem fumaça... Eis ai outra grande propriedade dos sonhos, eles somem, viram fumaça quando mais estamos seguros de sua concretização...
     Porem, às vezes vou ao lugar onde concretizei este sonho e paro pra pensar: Será que mereci mesmo ter o concretizado? Por mim acho que a resposta é não... Não sou muito digno de realizar tal sonho... Penso que seja por isso que me sinto tão acomodado seguindo este sonho que já se fez nevoa. Sei que assim, sem merecer muito, vou ter que esperar mais um vasto período de tempo até que mais alguém possa ver em mim um sonho... E eu nesta pessoa outro... Sonhos não nasceram para serem realizados, nem para serem vividos sozinhos... Talvez a única certeza a cerca dos sonhos é que nos tendemos a acordar deles mais cedo ou mais tarde...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Reflexões na Insônia

     Noite de horas que se alongam e expandem como colossos... A saudade é como um pão que nunca acaba e somos forçados a comer. No inicio ela supre nosso espírito e nos dá animo pra seguir, apreciando mais seu paladar agridoce. Porem com o tempo o pão se torna bolorento e fétido, difícil de digerir até para os mais famintos. Eu ainda não larguei meu pão...
      Faminto? Posso até ser tido como o tal, mas não é isso que me fez ainda estar o segurando. Muitos outros, bem mais famintos que eu, já teriam o largado há muito tempo. O que me faz ainda estar aqui sofrendo e derramando lagrimas, comendo o pão bolorento da saudade, é a minha insanidade... Minha loucura... 
      “O que é certo deve ser feito”, pelo menos foi assim que me educaram. Porem nossos tutores esquecem de nos orientar que o bem vai nos trazer uma felicidade simplesmente póstuma. O certo não compensa pra quem não vive a eternidade... Sempre que fazemos o que é certo, justo, sempre que pensamos com a cabeça e com o coração, o mundo irá testar o quanto podemos agüentar fazendo assim. É um jogo bem simples: Se você agüentar até o seu velório, será recompensado. Com o que? Não sei... Pergunte ao seu Deus o que você ganha seguindo a vontade dele, ok? Algo ele te dirá, mas prefiro deixar que ele te conte...
     Logo sou levado a pensar: “O Amar compensa?” Pra mim sim, e muito. Mas e pra você, meu leitor? Já sofreu por amor? Se amar alguém, saiba que será testado incessantemente pelo mundo, até que queira desistir... Ajuda um pouco estar do lado de alguém por quem vale a pena lutar, mas e quando a pessoa está “longe”? Longe aqui pode significar muitas coisas, não é? Um continente? Duas quadras? Uma tribo diferente? Vinte anos? O quão longe está de quem você ama? Será que é ela, a pessoa amada, que está longe, ou você que se afastou? Barreiras podem ser erguidas tanto pela natureza quanto pelo homem...
     Outra coisa que você deve se perguntar se não concorda com muito do que eu escrevi até aqui, é se já amou de verdade. Será que isso que você chama, ou chamava, de amor é realmente Amor? Amor não “é fogo que arde sem se ver”, e repito, não é! Amor é algo que vai te fazer ver o mundo de uma forma poética sim, mas vai te dar o dom de odiar e querer bem ao mesmo tempo, esta é a marca do amor. Um dia vai se ver na mesma situação que eu: Olhando pra uma sombra no seu quarto e pensar que é ele, vai começar a pensar nele antes de fazer qualquer  plano pro futuro. Isso por que, por mais que você queira negar,não consegue imaginar o resto da sua vida sem aquela pessoa...
     E o sono não chega... Janela, telescópio, varanda, foto no laptop, desenhos, livro de cabeceira, leite quente, banho, varanda, cama... Parede, teto, outra parede, travesseiro... Parede, teto, outra parede, travesseiro... Parede, teto, outra parede, travesseiro... Celular!!! MENSAGEM!!! Promoção da operadora... Cama... Parede, teto, outra parede,  travesseiro... Travesseiro... Travesseiro... Falta de ar! Lua... Lua... Estrelas... Estrelas... Estrela... Você...
       Eu? Nem louco, nem insano, nem faminto... Eu sou um poeta que ama irracionalmente um garoto que não sei nem se existe mais... Estou só tentando achar meu sono nos versos dos meus textos... Achar uma saída no meu labirinto.. 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Pessoas e Pessoas

     As vezes me pego sentado naquele lugar na rua ao lado da minha casa. Aquele que só eu e você sabemos como foi importante (ou talvez só eu saiba).  Já faz um mês e três dias daquela noite linda... Eu me lembro muito bem do quanto eu pedi para que o céu desabasse sobre nossas cabeças, mas ele estava tão bonito, parte estrelado, parte róseo e encoberto por nuvens... Duvido muito que você se lembre destes detalhes...
     No mundo nascem dois tipos de pessoas. Um tipo é o meu: Os que nasceram para amar. O sonho de alguém que nasceu pra amar é achar um cara perfeito, o “seu numero. Porem os que amam ao achar uma pessoa especial simplesmente se apaixonam. Não pensa mais se a pessoa por quem esta louco é o seu numero, do seu jeito. Ela passa a achar tudo que aquela pessoa faz passável, fofo, bonito ou até mesmo toma os hábitos  daquela pessoa como  certos, por mais loucos que sejam. Se exitar se entregam e geralmente terminam abandonados, pois no fundo sabem  que nasceram para amar e amar, e morrer tentando...
     Mas ainda existe o seu grupo: Os que nasceram para ser amados. Estes são belos, ou então charmosos, e tem em cada sorriso o dom de cativar os que nasceram pra amar. Porem alguém que nasceu pra ser amado não sabe lidar com o amor, pois o desconhece. O que estas pessoas fazem é dizer não. São peritas na arte de dizer não. Alguns ainda se aproveitam dos amantes antes de o fazer. Outros tantos preferem elevar o sentimento ao extremo antes do não. Fazer sofrer é outra marca dos que nasceram pra ser amados, porem sofrer por amor é algo que os que amam estão acostumados (Ou posso dizer até que gostam, pois no seu intimo acham que o sacrifício é necessário, e isso edifica o que sentem.).
     E a mesma historia se repete incessantes vezes. O que só sabe amar ama por instinto, o amado não ama por desconhecer o sentido desse sentimento. Um ciclo infindável. Os que serão sempre amados pensam sempre é sedo pra amar de verdade. Os que amam acham que nunca é tarde, e que sempre devem tentar de novo. É um jogo do qual as peças não podem sair até que alguém mude sua estratégia.
     Mas um fato relevante deve ser tomado em conta: Uma vez que o impasse  ocorre, se o que ama desiste, nada mais irá acontecer, pois o amor provavelmente se mudaria em ódio ou coisa pior. Nestes casos as boas saídas se encontram na mão do que é amado. Ou se abre e deixa se apaixonar, ou diz não e seguem ambos como companheiros de estrada. Nem leais amigos, nem inimigos.
     Qual o fim da nossa historia? Eu não sei... Escolhas devem ser tomadas, e fui impedido de tomar boa parte delas... Gostaria só de ser feliz...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Realmente Relevante

Andando pela rua num dia chuvoso
Ou escrevendo no meu computador
Seja pensando em ótica ou em gramática
Escutando Placebo ou Beethoven
Cantando Amy Winehouse ou Edit Piaf
Não importa se danço tango ou eletrônico
Se cozinho macarrão ou brigadeiro
Se estou tomando café ou chá
Se visto preto, ou roxo, ou os dois
Se é noite ou dia de sol forte
Se é outono ou primavera
Com você aqui do meu lado
Ou estando ai sozinho em seu apartamento
Não importa realmente o mundo que estou
Não importa se quem fala é um amigo
Ou o meu cérebro maluco e alucinado
Perante todos estes fatos irrelevantes
Apenas uma verdade absoluta prevalece
E ela mora aqui dentro do meu peito bobo
E fica forte todo dia as cinco da tarde
E toda a noite quando fico te esperando ligar
Esta verdade de que tanto falo
É  a ultima coisa que te disse olhando nos olhos
Será que você se lembra o que é?