domingo, 30 de maio de 2010

A Justa Resposta

Realmente não gosto deste jogo
Indiretas curvas e sorrateiras
E meias verdades que não dizem nada
Mas foram incontáveis as vezes
Te chamei pra sairmos e conversarmos
Mas seu rosto me intimida
E minhas tantas verdades,
Que me sobram nos desenhos,
Que me sobram nos versos,
Nesta hora me faltam à língua
Mas são verdades que me martirizavam
Que me dilaceravam
E com elas guardadas em mim
Via meus pilares ruirem lentamente
Sei que quer o fim deste jogo
Mas olhando em seus olhos não posso finda-lo
Está acima de meus limites por hora
Quero apenas te pedir que se as quer
Apareça pra mim e as peça
Peça, que com um pedido seu
Minha própria timidez não me permitira negá-las
Agora, quanto a sua resposta
Não me preocupo com ela
Pois os que fazem esta pergunta
Que achas que quero fazer
Sem nenhuma duvida no peito
Não dão a mínima pra resposta
Só que acho que não é bem esta a pergunta
Porem não a enunciarei por hora
Esperarei que peças a verdade
Eu a direi, em sua honra
Não nego verdades, muito menos a ti
A pessoa que mais as merece no mundo...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Marcela

      Existe uma garota que sempre foi muito mais do que era pra ser. Não sei nem se ela mesma tem consciência disso, mas ela não se contenta de ser a Marcela que todos esperam que seja. Ela quer ser bem mais que isso: Quer ser a Marcela que ela quer ser. Parece antagônico, ou ate pleonástico, não é?! Mas é bem assim. Ser o que no fundo queremos ser é o jeito mais pratico de ser feliz. Felizmente esta garota descobriu isso sedo.

     Quantas vezes já vi a Marcela no palco! Quantas outras já não estive lá com ela. Sempre me surpreendo com a convicção de seus movimentos marcados. Sempre me deixo cativar com a facilidade com que sorri tão singelamente, com que derrama lagrimas, com que agoniza, com que manifesta emoções tão contrastantes. Certas vezes a vemos passar do serio ao sarcástico e do sarcástico ao louco em apenas alguns segundos, com um rebolado que são poucos os astros que podem almejar fazer.
     Mas sabe o que diferencia esta garota das outras tantas Marcelas do mundo: Talento. Quando uma pessoa nasce com esta dádiva, nada a segura! E no caso da nossa Marcela, não é um talento só, são vários! Nossa, quão talentosa é debaixo dos refletores. E quão mais talentosa é em nos brindar com sua amizade. Ou ainda mais, quem nunca se aproveitou de outro de seus talentos: Dar abraços tão poderosos que podem ressuscitar o animo de qualquer um.
     Mas sabe o que é mais lindo em admirar esta marcela? E o fato de mesmo sendo inegavelmente uma estrala, ela tem olhos de humana. Olhos de humana, com reflexos de estrelas brancas contra o firmamento. É sinal de que por mais que estejas tão auto que não possamos te tocar, apenas admirar, ainda tem estrelas maiores em vista, constelações novas pra explorar. Assim, esta estrela aprende cada dia uma maneira de brilhar. Se um dia estiver tão longe quanto queira, e estará, talvez aprenda ate o jeito de brilhar do Sol, e se torne tão infinitamente importante em nossas vidas quanto quiser e almejar.
     Que nunca deixe de emanar sua luz para aqueles que te amam, pois eles nunca deixaram de admirar seu brilho.

Um abraço e os votos de felicidades de seu amigo Alastus...

domingo, 16 de maio de 2010

Song of Storms

       Olá amigos que lêem o meu blog!!! Estou postando pra vocês hoje algo um pouco diferente. Dizem que quanto mais maneiras uma pessoa conhecer de se expressar, menos frustrada ela é. Bem eu conheço varias, e ai vai uma delas. Este é um arranjo criado por mim pra musica "Song of Storms", do jogo "The Legend of Zelda: Ocarina of Time". O som não está lá muito bom, mas acho que vocês vão gostar!!!


Um abraço do seu amigo poeta!!! 
Alastus Dark Wizard

sábado, 15 de maio de 2010

Tu leras

Versos ao vento quis lançar
Escrevê-los mesmo com este intuito
Mas se torna inegável dizer
Que o vento vai a todos
E vai ate chegar a ti
Então de nada adianta lançar ao vento
Se posso os lançar a ti
E mesmo que ao ler meus versos
Julgues que foram dedicados a nada
Pelo menos terás ouvido o que dizem
Mesmo que não os tome para si
Meus versos tiveram fundamento
Ao menos lês-te as declarações
Ao menos não desperdicei sonetos
Um dia, quem sabe
Quem sabe hoje, ou depois,
Leras os versos meus com outros olhos
Tomara que ate este tempo
Eu ainda tenha em mim vida
Tentarei pôr-te em mais versos
E em alguns teu próprio nome
Mas por hora, a contento,
Enquanto não os digo pessoalmente
Prefiro que leias e julgues
E considere aos ventos lançados
Tantos versos escritos a ti...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Guardião das Horas

Tic-Tac, Tic Tac...
O barulho é incessante
Um eterno ranger de dentes
Um eterno dilacerar de corpus
Este é o barulho do Vigilante
O uivo do Devorador de Horas
Que consome a minha vida
Segundo por segundo
E a cada instante digerido
Mais um é engolido
E neste ritmo macabro
Minha vida se consome
E o Vigilante segue rindo
Inerte, lento...
Mas basta que eu me vire
Para ele deglutir minhas horas
Com muito mais voracidade
E esta é triplicada nas horas alegres
Pois assim como uma criança
O Sarcástico Glutão prefere doces
E fica ruminando por horas
Os pequenos segundos indigestos
Que gostaríamos que passassem
E enquanto escrevo este poema
Lá esta ele, me fitando
Com a mesma melodia funérea
Tic-Tac, Tic-Tac...
Mais segundos foram embora

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Surgiu o Amor

Meu conteúdo se reduziu a isso
Não que me queixo do amor
Muito pelo contrario
Mas me queixo da minha consciência
Que perde o foco quando penso em você
São doze horas acordado
E a cada segundo me vem sua imagem
Meus olhos miram o vazio
Minha mente se enche e meu coração dispara
E quando me dou conta de tudo
Lá se foram vinte minutos
Perdi toda a explicação de derivadas...

Como se já não me bastasse
Deito na cama e só penso em você
Adormeço e pensando em você
E em meus pacatos sonhos de sempre
Agora tenho sua companhia
Muitas vezes não tenho mais nada
Sonho apenas com seus olhos
Sonho apenas com sua imagem
Confusas, inerte e lacunosas
E eu fico apenas o imaginando
E ouvindo sua voz na minha mente
Nem sei se a voz é mesmo sua
E fica ecoando lá dentro
Dizendo a frase que tanto queria ouvir
Um simples “Te amo...”
E fecho meus olhos em sonho
Como se esperasse um beijo
Mas em vez disso quem me beija é Apolo
O sol da manha que vem tirar meu sono
Que vem desfazer a sena inconsciente

Mas nem Apolo, nem Zeus,
Nem mesmo minha própria mente
Foram capazes de sumir com a sua imagem
Nem minha força de vontade
Pois há um tempo me prometi
Não mais amar de tal forma
Mas o que posso fazer
Quem manda em mim não sou mais eu
E sim meu já velho e cansado coração
Que com as poucas energias que restavam
Entregou minha vida em suas mãos

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Tortura pré-sono

Toda noite é a mesma rotina
Mesmo tempo perdido com o céu
Perdido nos desenhos das nuvens róseas
Mesmo tempo perdido com o vazio
Perdido no espaço entre as estrelas
Mesmo tempo perdido na janela
Perdido no agitar das arvores ondulantes
Mesmo tempo perdido na tela fria
Esperando do nada a sua imagem
Mas sei que ela não virá...

O vento frio entra pela janela
Levanto as cobertas e tento dormir
Levo a mão ao meu lado
Não sinto seus ombros
Não o sinto de forma alguma
Mas por que a surpresa?
Você nunca esteve lá

Eu espero todas as noites
Por seu tardio regresso
Mas não há regresso!
Pois nunca houve partida!
Você nunca existiu!
E mesmo assim te espero
Mesmo você não existindo
Toda noite te procuro na minha cama
Todas as noites olho pra cadeira vazia
Para o lugar na mesa de jantar

Todas as noites me deito
Mesmo ritual pragmático
Mesma tortura eterna
Mesma espera sem fim
Mesma insônia antiga
E o mesmo velho pesar
Por saber que te espero
E te esperei por eras
Mas que poderia te ter
Se não o espirasse tanto
E passasse a te procurar
Em outros lugares melhores
Do que na velha cama vazia