terça-feira, 14 de junho de 2011

Frias Manhãs de Inverno

O que eu faço todas as manhãs frias de inverno
É tentar me fazer esquecer que sonhei com você
É tentar andar sozinho na nevoa sem procurar sua mão
É tentar não olhar ao meu redor pra te encontrar
Torcendo pra que esteja atrás da nevoa fria
Escondido me preparando uma surpresa...
Mas não está...

As mesmas lagrimas que agora eu choro
E me impedem de escrever alguns versos
Congelam em minha face nas manhãs solitárias
Pequenos cristais de meus sonhos mortos
São minhas ilusões liquefeitas e salgadas
E na superfície de cada gota congelada
Os atentos podem ver os seu olhos...
Mais ninguém vê...
Ninguém se atenta...
Estou sozinho...

No quarto escuro é como se o tempo parasse
As paredes frias me olham e dizem do fracasso
Fracasso que nem este nome pode ter, se quer
Pode apenas dizer que foi mais um “não”
E eles se empilham como caveiras de mortos
Como minhas esperanças degoladas

Neste momento, meu coração está congelando
E suas pulsações fracas e lentas me mantém “vivo”
Respirando pouco pra não me cansar mais
E tentando sobreviver com outro sonho morto...

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