segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Olhos e Sakuras

      Caros amigos e leitores, e com imenso peso no peito que escrevo este texto... Por quê? Porque já deveria ter o feito há muito tempo. Mas hoje cheguei de viagem e me recordei que deixei de ir num aniversário de uma grande amiga por conta deste compromisso. Sendo assim, resolvo agora pegar minhas dividas com minha amada Rhaissa-chan, dedicando a ela alguns versos. Espero que ela possa me perdoar pelo atraso. Um abração para todos e uma boa leitura. Bay bay!



Olhos e Sakuras

Nem só de olhos puxados se faz uma oriental
Nem só da beleza sutil das sakuras primaveris
O oriente se ergue dia após dia junto ao sol
Com centenas de pessoas que batalham e lutam
E não são todos gueixas ou samurais ou xoguns
São pessoas como eu e você que andam pelas ruas
Que vão ao banco e que fazem suas compras
Porem dentro de cada um dos filhos da Ásia
Nota-se que existe um dragão adormecido
Um tigre pronto para correr pelos campos
Ou uma antigo, poderosa a grandiosa Kitsune
Que sutil caminha sem deixar que a percebam
Sem deixar quão poderosa é esta youkai
O mais fascinante é ver que as suas almas
Não estão presas pelas águas do Pacífico
Suas almas podem ser achadas espalhadas
E não só apenas em corpos de pele amarela
Mas em filhos brancos, negros ou pardos
Que olham para o sol nascente com alegria
Que amam ser chamados de diferentes
E por muitos também de não nacionalistas
Apenas por amar uma pátria honrosa
Mesmo que esta não seja sua de nascença

Ao reparar pessoas assim devotadas
Portadoras de esperança sobre-humana
Fico feliz de ver que ainda restam sonhadores
Que não sou o único a amar uma terra distante
Mesmo a minha sendo bem diferente...
(velha, enevoada e com cheiro de chá)
Respeito aqueles que criam amores distantes
Que falam outras línguas ou mudam o visual
Ou simplesmente os que pintam um quadro
Não em molduras, mas na parede do próprio quarto
Do velho pais amado e cheio de vida
Das belas sakuras róseas que cobrem o chão
Ou do monte imperados da Terra do Sol Nascente
Que os sonhos não sejam lançados ao vento
E sim brindados com a dádiva da realidade
Mas enquanto isso resta-nos sonhar, não é?
Manter o youkai preso no fundo do peito
Foliar fotos esperando para ver fotos nossas lá
Em um canto qualquer de uma praça
Fazendo uma cara estranha, maluca e feliz
Afinal de contas, sonhar não exige visto
Nem temos que pagar passagem aérea
Apenas temos que fechar os olhos e sorrir...

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