terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Canto dos Deuses

Lira na mão, frutas na bolsa e lá vou eu
Cantando por cada taberna da velha Gálea
Poucos galeões no bolso, uma garrafa de hidromel
E ainda assim um sorriso estampado na cara
Como o mais rico dos comerciantes do mundo
Da flauta de Pan faço proezas inimagináveis
E canto canções com encantos em cada semitom
Sons que já encantaram espíritos dos bosques
E fizeram arvores me deixarem passar por florestas
E ninfas se aproximarem das bordas para me ouvir tocar
Som que já cativou corações humanos e élficos
E de tantos magos que nem posso mais contar
Pois o dom me concedido pelos deuses é genuíno
O de soar aos mortais como a voz dos deuses
De fazer-los me amar com toques na citara
De fazê-los se destruírem com o tom do carnix
E conduzir suas almas rumo ao banquete de Odin
Quando guiado por seus corvos, toco minha ocarina
E ao longe Fenris me acompanha com seu forte uivar
Com meu canto levo meu fado de seguir sem rumo
Destino que as Nornas me deram e não pude questionar
Porem o amor a minha musica também está em mim
E por isso sigo as estradas, errante, solitário
Marchando apenas acompanhado da minha canção

Um comentário:

  1. Belíssimo!
    Senti-me adentrando ao banquete de Odin. Um cavaleiro profanando o encanto das ninfas.
    PARABÉNS

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