quarta-feira, 7 de abril de 2010

Folhas ao Vento

       Hoje me peguei durante a aula olhando as folhas dos eucaliptos que ficam próximos ao prédio onde tenho aulas teóricas. Está era só mais uma manha se outono, mas estava excepcionalmente mais fria do que as que tivemos antes. Talvez este frio tenha despertado em mim o interesse de compreender o que eu estava fazendo. Porque estava olhando incessantemente para as folas lá fora? Será que algo de diferente estava havendo?
       Lembrei-me que você também olhou as folhas no vento, no mesmo dia, porem uma semana atrás. Lembro também que, assim como eu, rascunhou um pequeno texto em honra a estas. Mas ainda assim não sei se posso anexar à causa deste acontecimento a “magnífica aula de geometria analítica” ou a alguma matriz que tenha nos inspirado.  Porem também descordo que seja o fato de ser uma quarta pela manha. Talvez ate tenhamos as mesmas causas, mas duvido que sejam algumas destas.
       Olhando dentro de mim, mesmo analisando com calma, não sou capaz de identificar com precisão o que é. Sei apenas que é algo que surge de relance e que nos joga em um estado grandioso de epifania. De repente eu vi nestas folhas ondulantes a plenitude de um sentimento que a pouco invadira meu peito, do qual pouco conhecia. Um sentimento que poucos descrevem, e mesmo pecam ao descrevê-lo. Por isso mesmo nem me arriscarei a descrevê-lo, deixarei que algum de vocês se pegue olhando as folhas de um eucalipto farfalharem com o vento. E que vocês neste dia estejam sentindo o que eu estou, pois ai as folhas lhe dirão tudo que precisa saber, mesmo que isso não seja muito... 

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