sexta-feira, 30 de abril de 2010

Reflexão sub um nevoeiro

       O nevoeiro se adensou esta noite, nesta mesma noite sem sentido, nesta mesma noite em que fiquei na janela supervisionando a lenta peregrinação das nuvens róseas. Nada havia mudado, era a mesma noite fria de todas as madrugadas durante o final do outono, mesmo assim a natureza me surpreendeu com neste nevoeiro ralo. Ralo, mas também poderoso a ponto de me impedir de ver o rosto dos meus amigos a poucos metros de distancia.
      Ate a natureza, cuja ciência me dedico a estudar já faz anos, conseguiu me surpreender... Alias, qualquer coisa me surpreende, ate mesmo chuvas nas tardes de verão! Isso por que tudo é novo para alguém que vive uma vida que já tem se arrastado por mais de dezoito longos anos de solidão, desagrado e monotonia...
      Quem saberia dizer qual será a próxima peça que me pregara o universo? Só espero que não mais me iluda como faz agora com este nevoeiro... Mas quem sabe amanha a surpresa não será diferente... Talvez amanhã o sol não nasça para estes mesmos dias... Talvez pare de nascer o sol dos meus eternos dias tristes...

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