quinta-feira, 3 de junho de 2010

Desistir de amar

Sabe o que mais me intriga nesta historia toda?
Não, de forma alguma é você ou seu jeito de ser
Seu ser alegre só tem re tornado mais e mais feliz
O que me deixa de cabeça ardendo e olhos em lagrimas
Nada mais é que a minha deficiência em ser amado
Será que é algo tão difícil assim achar
Alguém que apesar dos meus defeitos possa me amar?
Ou será que é a sorte que insiste em me mostrar
Caminhos tortos que só me confundem mais
E a cada prova de amor que passo
Descubro que sou um eterno amante descontente
Cujo coração volátil se apaixona por qualquer um
E nunca acha um porto seguro

Juras de amor já fiz a tantos quanto quis
Já chorei impetuosas noites corridas por amor
Já dei febre de queimar s orbitas molhadas
Já me peguei encharcando meu velho travesseiro
Mas tudo pra que? Pra nunca encontrar um amor
Não, não falo de um amor meu não!
Falo de um amor que me ame, que me entenda
E a cada prova que faço, cada vez que me rasgo
Dilacero mais meu coração velho e fadigado
Quando achar um amor que me ame
Se é que um dia encontrarei um assim
Não terei mais amor pra lhe oferecer
Ou, com sorte, ainda terei sim um amor fraco e frio
O máximo que poderia oferecer o meu coração
Pois já estaria aos remendos depois de tantas provas
E já não mais em mim se encontrara fé
De tentar continuar a jornada que o amor pede
Me tornaria frio e odiado talvez pelo único que me ama
E em fim seria abandonado...
Jogado as traças por ser incapaz de corresponder
Um amor por mais fraco que ele seja

Não, não posso perder minha fé em mim
Não posso desistir de um dia ser amado por alguém
Mas nestas horas gélidas onde lagrimas me correm
É muito difícil olhar pra frente e seguir
E impossível continuar sozinho
Preciso o quanto antes de um apoio pra prosseguir
Mas pra minha agonia final vem o triste fado:
O único apoio do coração é um amor correspondido
E é justamente pra chegar ate ele que estou pedindo ajuda...

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