domingo, 11 de julho de 2010

Apaguei as Fotos

     Apaguei as fotos... Rasguei alguns versos... Todo fim é uma catarse, uma ruptura brusca daquilo que você jurava que era assim... Não é fácil... Muito menos rápido... Mas esta sendo ótimo ponderar partir pra próxima. Perceber que a vida não acabou foi um grande passo. O seguinte foi começar a olhar que existem outras pessoas no mundo... Começar a ver as pessoas como realmente são.
     Algumas coisas tive que repensar, outras que regurgitar em cartas que lancei ao vento, na esperança que chegassem ate você... Em fim vou partir, ciente de que poderei achar outra ilha em um lugar qualquer por ai. Ciente que um adeus bem dito vale mais que juras falsas ou solitárias.
     Olho Apolo com seus loiros deitando-se sobre os campos de Pan, o doce Pan, que me encanta ultimamente como jamais encantou... Eu sigo assim errante, vou cantando a minha canção de solidão pelas estradas, fazendo com que ela seja ouvida pelos lugarejos e vilas... Um dia, quem sabe, algum errante tope fazer um dueto comigo, e assim seguiremos dois cantando esta velha cantiga de solidão... A final, o que é o amor se não um vinculo formado entre duas pessoas que compartilham uma só solidão?

Um comentário:

  1. Mais uma definição plausível e belíssima para o amor: "Afinal, o que é o amor se não um vinculo formado entre duas pessoas que compartilham uma só solidão?"
    Magnífico, João. Acho que esse fora quase uma continuação de Beijos com gosto de felicidade, me tocou muito também e inspira uma motivação que não é fácil de ser encontrada nas palavras que nos atingem tão rudes.
    Simples, sincero, belo, nobre, real... Poderia encaixar '+ infinito' adjetivos nesse texto...
    Parabéns! E obrigada pelos dizeres. :D

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