terça-feira, 7 de setembro de 2010

Garoto lusitano

Ou o garoto das estrelas, talvez o filho do mar
O que nada tem haver com o passado da sua terra
Tem haver com uma alma que busca a plenitude
Busca certezas que ninguém tem para oferecer
Busca um eterno recostar-se na orla do mar
Busca um eterno balançar das ondas em seu corpo

Ou talvez o garoto dos olhos contidos
Pra mim ainda ocultos por pano ou negras lentes
O que ressalta as bochechas coradas
Marca forte dos portadores de belos sorrisos
Sorrisos largos, contagiantes e francos
Marca de quem merece muito mais que tem
De quem merece ser muito do que quer ser
E pouco de que querem que ele seja

Ou talvez o garoto Dops hibiscos
Das flores multicoloridas de seu jardim
Mas principalmente destas tão alegres
Hibiscos que aqui nascem por todos os lados
Quem dera pudesse velos na primavera
Quando se abrem e saldam os pássaros
Quando exalam seu cheiro a léguas de distancia
Quem sabe não pode sentir o cheiro deles
Ai onde estas, pertinho do oceano

Ou talvez simplesmente mais um filho de Apolo
Alguém com corpo humano, mas alma de deus
Com o espírito de um poeta ou ator
Com a bravura de um titã, de uma quimera
Mas ao mesmo tempo com a ternura de uma loba
Que mataria por quem realmente ama

É sim o garoto das palavras
Palavras que leio quase todas as noites
Escritas por alguém que merece
Acima de todas as coisas
Toda a felicidade que puder suportar

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