quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Bolo Floresta Negra

Sinto agora o cheiro do bolo
Bolo de cenoura do forno materno
Bolo que catalisa todas minhas obrigações
Ele simboliza tudo que tenho que ser
Eu tenho que ser afável,
Ter uma personalidade agradável,
Andar com aroma aceitável,
Ter um gosto previsível,
Ser nem branco nem escuro
E poder quase nunca fazer
Tornar felizes os que de mim gostam
Com uma estreita camada de chocolate
Que não satisfaz,
Porem engana bem.

Porem não mais me satisfaz
Ser um bolo de cenoura.
Se surpreenda ao abrir o forno.
Eu quero ser um outro bolo:
Um bolo de chocolate!
Aquela fina capa de prazer
Ira mudar e me tomar.
Quem me olhar não se espante,
Não sou um bolo queimado!
Sou um bolo saciado,
Recheado e recoberto,
Confeitado e regado,
Com o mais puro chocolate
De alegria e de prazer.

Aqueles que provaram
Da minha antiga receita vegetal
Venham é provem de novo!
Não sou o mesmo, concordo.
Porem ainda sou agradável.
E aos poucos que ousarem
De minha doce essência saborear,
Tenho um alerta:
Dentro de mim há uma surpresa
Que não havia em outros tempos.
Morda-me e sentira,
Não sou todo Chocolate!
Dentro de mim há um novo nível
Feito de creme e cerejas.
Porem eu não sei falar o que é.
Não sei ao certo porque esta lá...
Minha mente se tornou muito confusa...
Tornei-me um bolo novo, definitivo.
Tornei-me um bolo Floresta Negra...
Não entendeu nada ate aqui?
Experimente-me.

Um comentário:

  1. Muuitoo bom! Obrigado pelo comentário no meu blog. Vim imediatamente ler o seu texto, e adorei. Parabéns! Acaba de ganhar mais um seguidor! rs

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